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Associada a um determinado espaço territorial (país, região ou cidade), e nele incluindo toda a imaterialidade que o define como lugar, a Casa da Memória - neste caso, de Guimarães - tem neste mesmo território o ponto de partida: para o seu habitante, um espaço de conhecimento e de reconhecimento (a memória é aqui lembrança e reminiscência, objetiva e subjetiva). Para o visitante, um lugar de descoberta e interpretação do que se tornou memória (e esta cumpre-se aqui como construção e como transmissão).
Em ambos os casos chegamos a um espaço de cidadania, onde nos encontramos enquanto indivíduos e comunidade, a um espaço de projeção, onde dialogamos sobre o que ansiamos, a um espaço de conhecimento, onde apreendemos não só pelo estudo e interpretação, mas também pelas relações ou associações que se propõem, nas quais se incluem a semelhança e diferença (o que permite a localização do território no mundo, o que o iguala e o que o distingue), a lembrança e o esquecimento (entendendo a memória como seletividade), a permanência ou a passagem (como geradores de diferentes profundidades de memória). Esta casa da memória servirá então como lugar de encontro das representações passadas e das imaginações futuras de indivíduo e lugar, de comunidade e território. Um lugar onde pela compreensão das coisas se adia o esquecimento, se conhece e se transmite, e o homem se torna mais tolerante, sábio e por isso mesmo mais humano. A exposição Território e Comunidade materializa esta premissa.
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A organização do eixo Território é feita em três segmentos: cartografia, representação e utopia. Esta organização permite-nos compreender a memória como tentativa e processo de objetivação (pela cartografia), como subjetividade (pela representação do espaço) e como projeção (pela sua imaginação). Por outro lado, Guimarães enquanto território é compreendida pela sua cartografia, pelas suas representações ou imagens (em sentido metafórico) e pela sua própria projeção imaginária e utópica.
NÚCLEO 1: Cartografias e Território de Guimarães
A leitura cronológica da história da humanização do território de Guimarães oferece uma referência linear para conhecer marcos que modelam a região e para compreender a evolução das suas transformações geográficas. Ao longo do tempo, a conformação do território vimaranense foi-se alterando, ganhando e perdendo superfície física na sua demarcação concelhia. E se o Centro Histórico, reconhecido pela UNESCO enquanto Património Mundial, é o epicentro do concelho, também os rios e cursos de água definem as dinâmicas de crescimento e desenvolvimento de Guimarães.
NÚCLEO 2: Guimarães Representada
Diversas são as representações - e as motivações – que transmitem a perceção e a memória de um território ao longo do tempo. Documentos que fixam leis e normas, como um Foral ou um reconhecimento de Centro Histórico pela UNESCO, a transmissão de uma subjetividade específica através de filmes ou fotografias, o apontamento pessoal num caderno diário ou a um desenho artístico, passando pelas histórias que a censura proibiu, diversas são as histórias e as memórias que Guimarães guarda, e que guardam sobre Guimarães.
NÚCLEO 3: Utopias e Outros Futuros
Pensar em utopia na memória encerra em si uma aparente contradição: a memória remete para o passado, a utopia projeta futuros. A ideia de utopia é uma projeção ficcional de um lugar imaginário, sem referente físico concreto, cuja sociedade é distinta daquela que nos é familiar. Por vezes, a utopia é uma proposta de futuro idealizado e inatingível. Pensar num território considerando o presente, o passado e o futuro envolve estabelecer ligações entre as memórias passadas e as utopias futuras. Em Guimarães, houve diversos “projetos de futuro” que não foram realizados e que, se o fossem, teriam transformado o concelho num outro lugar. E porque a memória é situada, contextual, e se vai construindo, também os cenários de futuro podem ser criados e jogados na Casa da Memória.
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A organização do eixo Comunidade é estruturada nos núcleos curiosidades, objetos, biografias e testemunhos. Esta organização permite-nos compreender a memória individual e coletiva como processo de unificação e de diferenciação de uma comunidade, a memória dos objetos como parte da memória histórica da cidade e a memória sensitiva como forma de conhecimento e interpretação. Por outro lado, Guimarães é compreendida pela sua relação com quem a habita ou visita, pelo simbolismo das coisas que pertenceram a pessoas cuja história acontece em Guimarães e pela disponibilização de dados que possibilita a criação de memórias não lineares da cidade.
NÚCLEO 4: Atlas de Curiosidades
Este Atlas reúne um conjunto de objetos e factos que nos permitem conhecer aspetos curiosos da comunidade vimaranense. As estatísticas oficiais das bases de dados caraterizam-na, ao passo que as listagens de vernáculo popular nos fazem sorrir com as suas peculiaridades. O símbolo “Aqui Nasceu Portugal” convive com uma panóplia de anúncios luminosos que, dia e noite, animam os espaços comuns do concelho. E com que auxiliares de memória se apoiam os habitantes de Guimarães? Que memórias lhes trazem os sons e os aromas?
NÚCLEO 5: Objetos na Memória
Cada objeto pode ser lido como um repositório de memórias individuais e coletivas. Se alguns objetos representam grandes feitos do passado, como a glória de um Rei encontrada numa espada, outros, como um vaso de flores de cemitério, revelam tragédias pessoais. Outros ainda fazem-nos recordar aspetos comuns na nossa vida, como uma bilha de gás ou um par de sapatos. A memória de objetos de Guimarães chega-nos num largo arco temporal: da pré-História à fundação da nacionalidade, das Sociedades Rurais e das Festividades, à Industrialização do Vale do Ave, à Contemporaneidade. Vários tutoriais vídeo ensinam-nos algo através dos objetos dos períodos representados: a doçaria conventual, os toques de caixas e bombos Nicolinos, a dobragem de lençóis, e o imaginário desportivo Vitoriano.
NÚCLEO 6: Biografias Históricas
Cinquenta biografias de vimaranenses, nascidos ou por adoção, que desde os primórdios da ocupação do território até ao passado recente, se afirmaram em diversas áreas, assumindo papéis marcantes na História de Guimarães e não só.
NÚCLEO 7: Memórias e Testemunhos
Experiências e histórias de vida marcam a nossa individualidade. Marcam também o modo como nos integramos nas comunidades às quais pertencemos e às quais nos ligamos, em permanência ou de passagem, ainda que temporariamente. Uma mesma pergunta foi colocada a sessenta membros desta comunidade: Qual é a memória mais marcante que têm de Guimarães? A pergunta é tida como o denominador comum do mais vasto segmento possível de pessoas e das suas relações com Guimarães - naturais, habitantes, impermanentes, visitantes, viajantes, turistas – mas também como potenciadora de uma vasta e diversificada panóplia de respostas e de relações com a cidade e o seu espaço público e privado.
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Ver ficha
Propriedade, promoção e coordenação geral
Câmara Municipal de Guimarães
Coordenação executiva e conceito
Opium
[Joana Meneses Fernandes, Eduardo Brito, Isabel Reis, Ana Pedrosa]
Investigação e conteúdos
Cabincrew
[Inês Moreira, Sofia Romualdo, Ana Bragança, Francisco Brito, Sara Moreira]
Design expositivo e gráfico
Studio Andrew Howard
[Andrew Howard, Rita Carvalho, João Oliveira, Pedro Pina, Gustavo Fernandes, Sofia Rato, Afonso Borges, Síncrono – illuminação]
Autores convidados
Ana Aragão
Gonçalo M. Tavares
Tito Mouraz
Produção executiva
A Oficina
[Pedro Silva, Catarina Pereira, Hugo Dias, Inês Oliveira, Jaime Guimarães, Miguel Barbosa]
Plataforma de criação de paisagem urbana
Jeremy Hugh Aston
Produção vídeo
Lumatera
[Célia Machado, Rafael Lino]
Os Fredericos
Produção fotográfica
Miguel Oliveira
Paulo Carvalho
Maquete
Alvaro Negrello
Reproduções 3D
Makesolid
[Filipe Noronha, Ivo Mariano]
Alvaro Negrello
Multimédia e tecnologia
Edigma
Power Focus
Equipamento expositivo
Guarnição
Impressão gráfica
Digipress – Edição Electrónica de Impressos
Lúmen – Design/Imaging
Xirobloc – Comunicação e Imagem
Tradução
TT Minho – Traduções Técnicas do Minho
Alexander D. Kilpatrick
Colaborações e agradecimentos
Institucionais
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Cinemateca Portuguesa –
Museu do Cinema
Direção Geral do Património Cultural – Arquivo de Documentação Fotográfica
Instituto Geográfico Português
Centro de Informação Geoespacial do Exército
Centro Português de Fotografia
Fundação de Serralves
ASPA – Associação para a Defesa do Património Arqueológico, Braga
Museu Nogueira da Silva, Braga
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
Sociedade Martins Sarmento
Biblioteca Municipal Raul Brandão
Arquivo Municipal Alfredo Pimenta
Muralha – Associação de Guimarães Para a Defesa do Património
Museu da Agricultura de Fermentões
Santuário de São Torcato
AAELG – Velhos Nicolinos
Cineclube de Guimarães
Grupo Moretextile
Mundifios
Lameirinho
Pastelaria Costinhas
Pastelaria Clarinha
Vitória Sport Club
Paço dos Duques de Bragança
Museu de Alberto Sampaio
Centro Internacional das Artes José de Guimarães
Casa Museu Abel Salazar
Associação Comercial e Industrial de Guimarães
Universidade do Minho
Associação Artística da Marcha Gualteriana
Versão Infinita – Artigos de decoração
Banco Português de Germoplasma Vegetal
Individuais
Prof. Doutora Maria Augusta Babo (FCSHUNL)
Doutor Eduardo Pires de Oliveira
Drª Maria Helena Trindade (MNS)
Dr. Rui Vítor Costa (Muralha)
Prof. Doutora Alice Duarte (FLUP)
Professor Carlos Mesquita (Cineclube de Guimarães)
Carolina Vieira (Bobine Super 8 São Torcato)
Eng.º Daniel Oliveira e restante equipa (UM)
Dra. Daniela Xavier (Moretextile)
Dª. Elvira (Pastelaria Costinhas)
Família de Maria da Conceição de
Oliveira Mota Pinto dos Santos
Dra. Francisca Abreu
Prof. Doutor Gonçalo Leite Velho (IPT)
Dra. Inês Pereira (VSC)
Dra. Isabel Fernandes (Paço dos Duques de Bragança)
Joaquim Fernandes (Mundifios)
Joaquina Campos
Dr. João Sousa Pinto (Casa Museu Abel Salazar)
Jorge Correia (Loja e Armazém de Brinquedos)
Dr. Luís Farinha Franco (Biblioteca Nacional)
Eng. Manuel Martins e restante equipa (ACIG)
Dra. Manuela Silva
Dra. Marta Melo (Delegação Norte da Alzheimer Portugal)
Dr. Miguel José Teixeira (historiador)
Dr. Nuno Faria (CIAJG)
Prof. Doutor Paulo Cruz (UMinho)
Dr. Paulo Vieira de Castro e Direção e equipa da Sociedade Martins Sarmento
Prof. Doutor Pedro Bandeira (UMinho)
Dr. Ricardo Gonçalves (VSC)
Dra. Rosa Saavedra (Museu Alberto Sampaio)
Dr. Rui Azevedo (Moretextile)
Dr. Rui J. Lopes Faria (historiador)
Dra. Susana Medina (FEUP)
João Neves (Velhos Nicolinos)
Artesãos
Adélia Faria
Agostinho Silva
Bela Alves
Carla Santos
Conceição Ferreira
Cristina Vilarinho
Fernanda Braga
Gaspar Carreira
Isabel Oliveira
João Barbosa
João Leite
José Manuel Alves
José Ribeiro
Sameiro Fernandes
Tutorial Nicolinos
Alexandra Cerqueira
António Araújo
Jaime Filipe
João Neves
João Vicente Salgado
José Almeida
José M. Almeida Fernandes
José Maia
Luís Mendes Almeida
Mário Gonçalves
Paulo Fernandes
Paulo Gonçalves Soares
Tiago Simães
Família Martins Aldão pela cedência do local (Quinta de Aldão)
Conceição Clavel pela orientação na Quinta de Aldão
AAELG Velhos Nicolinos pela disponibilidade pela Torre dos Almadas Irmandade de S.Nicolau pela disponibilidade da Capela de S.Nicolau
Tutorial Doces Conventuais
Rosário Ferreira
Clara Ferreira
Pastelaria Clarinha
Tutorial Indústria Têxtil
Rui Azevedo
Daniela Xavier
Grupo Moretextile
Tutorial Claques do Vitória
Tazo (Vice-Presidente da Claque White Angels) e restante claque
Marco (Presidente da Claque Suspeitos do Costume)
Lobo (Presidente da Claque Insane Guys)
Entrevistados
Maria Carlos Mesquita
Jorge Diogo Leite
Tiago Magalhães
José Balinha
Pilar Pastor
Cláudia Martins
Daniele Burattini
Sylvie Oliveira Pinheiro
Emília Araújo
Rafaela Salvador
Joana Gama
Ana Zita Lopes
Liliana Ribeiro
Tazo (Anastácio Lima Pereira)
Fabian Jubbega
João Guimarães
Tiago Simães
Joy Hanford
Maria Luís Neiva
Rodrigo Areias
Andreia Martins
Zong Mei
Álvaro Dinis Mendes
Hélder Guimarães
Oliver Pazo
Mário Carvalho
Delia Pereira de Carvalho
José Sousa
Paulo Bessa
Alexandra Oliveira
Paulo Cruz
Luís Ribeiro
Neno (Adelino Barros)
Maria José Marques
José Garcia
José Carlos Oliveira
Anastácia de Oliveira
Vasco Manuel Carneiro Bastos
Egídio Pinheiro
Manuel Leite da Silva
Dimitri Nikolov
António Júlio Freitas Novais
Augusta Ribeiro
Maria Fátima Costa
Maria Manuel Oliveira
Joaquim Fernandes
Margarida Fernandes
João Matos
Manuel Roriz Mendes
Francisca Abreu
Ivo Martins
Abel Pereira
Carlos Mesquita
António Magalhães
Fortunato Frederico
Raimundo Fernandes
Conceição Lemos
José Freitas Abreu
António Emílio Ribeiro
Avelino Ferreira
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